Fonte: Boletim Brasileiro
Ano 131 nº4
Julho/Agosto 2009
Por: Confrade Paulo Mauricio Dias Ano 131 nº4
Julho/Agosto 2009
Conferência Sta. Mônica. Londrina- Pr

- Nossa amizade começou com um pedaço de pão: ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu, abanando o rabo. E daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso. Curioso perguntei:
- Como vocês se ajudam?
- Ele me vigia quando estou domirndo; ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
Continuando a conversa, perguntei:
- Serapião, você tem algum desejo na vida?
- Sim - respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.
- Só isso? - indaguei.
- É, no momento é só isso que desejo.
- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo.
Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei, ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado e comeu o pão com os temperos. Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço. Não me contive e perguntei intirgado:
- Por que você deu para o Malhado logo a salsicha?
Ele, com a boca cheia, respondeu:
- Para o melhor amigo, o melhor pedaço!
E continuou comendo, alegre e satisfeito. Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e sai pensando. Aprendi como é bom ter amigos. Pessoas em quem possamos confiar. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal. Jamais esquecerei a sabedoria daquele homem solitário.
PARA O MELHOR AMIGO, O MELHOR PEDAÇO!
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